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Meu pet faleceu. Devo colocar outro no lugar dele para eu sofrer menos?

Dra. Vanessa Muradian

Perguntas frequentes de tutores – Parte 4


Olá, pessoal! No post de hoje, eu vou continuar respondendo às perguntas mais frequentes feitas por tutores. Nas postagens anteriores, eu já conversei com vocês sobre como eu cheguei à constelação familiar envolvendo pets, também falei se a constelação pode curar alguma doença do seu pet, conversamos sobre tutores e pets terem a mesma doença e o que isso pode significar e vimos ainda se é ou não possível escolher o assunto que aparece na constelação.


Se alguma dessas dúvidas também é a sua dúvida, clica e confere a postagem, que certamente vai te ajudar a entender um pouco mais sobre a chamada “constelação veterinária” ou, como eu prefiro dizer, constelação familiar envolvendo pets.


E hoje vamos falar sobre um tema delicado e que pode trazer bastante dor e sofrimento para as pessoas que têm cães, gatos ou outros animais de estimação, que é o falecimento do pet. Quem tem ou já teve algum animal em casa sabe muito bem como a gente se apega a eles, não é mesmo? Os pets muitas vezes são considerados como membros da família. Então, a morte de um bichinho tão especial pode ser um acontecimento bem triste e difícil para aqueles que conviviam com ele.


Para iniciar, precisamos esclarecer que, após a morte de um animal de estimação, a reação de cada pessoa pode ser bem diferente. Algumas pessoas sofrem mais do que outras, isso é um fato, e o jeito de cada um deve ser respeitado. Tem gente que logo diz: “Nunca mais! Não quero mais ter nenhum animal de estimação na vida, é muito sofrimento!” Essa é uma reação muito comum e bastante natural.


Por outro lado, tem pessoas que se perguntam se deveriam logo adquirir outro animal para substituir o que acaba de falecer. Muitas vezes, essas pessoas chegam a esse tipo de pensamento porque escutam de familiares ou amigos queridos: “Era apenas um cachorro (ou um gato, ou um pássaro etc.), você logo vai ter outro para colocar no lugar dele e vai esquecer esse que morreu”. Mas será que é tão simples assim?


Quando alguém me pergunta qual a minha opinião sobre comprar ou adotar um pet para substituir o falecido, a primeira consideração que eu acho que deve ser feita é: como você viveu ou ainda vive o luto por esse animal que partiu? Eu falo isso porque o processo de luto é muito importante. Nós não podemos nos esquecer de que houve uma perda e que ela dói para a pessoa.


Olhando do ponto de vista da constelação, se havia um emaranhamento com aquele animal, se aquele cão ou gato representava algo importante no sistema e na história da pessoa, a dor é maior ainda. Por esse motivo, o luto precisa ser respeitado, sendo que para alguns tutores será mais rápido e para outros, mais demorado.


Por isso, o conselho que eu costumo dar às pessoas é: se achar que está precisando, primeiro procure ajuda. Pode ser um terapeuta, algum membro importante da sua religião, ou qualquer pessoa com quem seja possível se abrir, conversar, ser escutado e que essa conversa faça bem. Mas é preciso aceitar o luto. É importante chorar se sentir vontade de chorar, ou gritar, ou até mesmo passar um tempo sozinho, se isso for o que vai ajudar a passar pelo luto.


Então, viver o luto é a primeira consideração e a mais importante. A segunda coisa que eu pergunto é: você está pronto para ter um novo pet ou, melhor, você quer ter um novo pet? E eu ainda vou adiante e pergunto: qual é a sua intenção com esse novo pet? Muitas vezes, a pessoa na verdade não quer, ela não está pronta.



Às vezes, as famílias adquirem um novo cão ou gato com a melhor das intenções, mas de uma forma até inconsciente esperam que ele seja como o anterior. Não raro escolhem a mesma raça, o mesmo jeitinho, a mesma cor... Algumas vezes, colocam até o mesmo nome! E não é incomum que façam comparações: “Ah, esse dorme de tal jeito, mas o outro não dormia assim. Esse passeia dessa forma, mas o outro passeava diferente”, e por aí vai.


Além disso, o que pode acontecer é existir um emaranhado com um animal, pois sabemos que às vezes projetamos questões do nosso sistema nos nossos pets, e então, depois que ele morre a pessoa traz outro, e emaranha esse outro também. Ou seja, acaba ninguém ajudando ninguém.


Portanto, o que eu sempre recomendo é que a pessoa termine a história com o animal que se foi, o que não significa esquecê-lo, mas entender que a história com aquele animal teve um começo, um meio e um fim, e isso precisa ser muito respeitado, apesar de toda a dor. E aí sim, depois de ter finalizado aquela história, talvez seja a hora de pensar em um novo pet.


Então, quando a pessoa estiver pronta e quiser receber um novo animal, que seja uma nova história, um novo começo. Por isso, se você me perguntar: “Devo colocar outro animal no lugar do que morreu para sofrer menos?”, eu terei que te dizer que não é a melhor coisa a ser feita. O ideal é que esse novo animal chegue para ocupar o espaço dele, e somente dele, e não para ocupar o espaço do que se foi. Não te parece mais justo?



E você, já viveu uma situação assim? Gostaria de saber mais sobre o que é constelação familiar e entender por que procurar a técnica de constelação familiar? O que você acha de descobrir qual o papel do seu pet no seu sistema familiar?


Entre em contato comigo e envie suas perguntas aqui pelo site, pelo Instagram ou pelo WhatsApp no (11) 9 3335 2639.


Acompanhe as novas publicações, eu vou trazer mais perguntas e respostas sobre constelação familiar. No próximo post, vou falar sobre problemas comportamentais dos animais e se a constelação pode ajudar. Fique de olho e até lá!

4 hozzászólás


Geisy Garcia
Geisy Garcia
2024. dec. 26.

A minha estava comigo há 14 anos, minha Rihanna. Por um descuido meu ela saiu e eu não vi, só ouvi os gritos quando um carro pegou ela, corri para o veterinário e lá não faziam a cirurgia que ela precisava então corri pra outra cidade atrás de outro veterinário, ela tinha que estabilizar pra fazer a cirurgia e quando ela estabilizou marcaram a cirurgia pro outro dia, eu fui lá ver ela, ela estava com tanta dor e eu me senti não culpada de não ter visto ela sair. Fui pra casa e naquele dia eu pedi a Deus pra que não deixasse ela sofrer mas que não levasse ela de mim, mas 3h da manhã ela não aguentou…

Kedvelés
CYCERUS
CYCERUS
jan. 07.
Válasz címzettje:

Olá, olha aconteceu algo semelhante comigo em dezembro/24. Meu cachorro foi atropelado dentro de casa e não deu pra salvar, mesmo depois de 22 dias. Foi muito doloroso. Agora estou mais conformado. Por enquanto não quero me apegar a outro animal até eu estar bem, pois o novo animal sentiria minha dor ao chegar. Tudo tem sua hora. Fique bem. Na hora certa você terá outro animal em sua vida.

Kedvelés

Oi eu perdi o meu ontem não sei oque aconteceu mas ele estava com a doenca do carrapato .eu saí de manhã e voltei na hora do almoço ele estávivo tomou os remédios na seringa dei um pouco de pate para ele na seringa hora que voltei encontrei ele todo duro na cama dele queria ele de volta

Kedvelés
will
will
2024. dec. 21.
Válasz címzettje:

a minha se foi hoje ela tinha apenas 3 meses de vida adotei ela fazia nem 1 mes direito ela morreu pra triade ficou internada e nao aguentou meudeus q dor

Kedvelés

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