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Constelação familiar envolvendo animais e como cheguei a essa técnica



Hoje vou falar sobre um tema que eu adoro, que é a constelação familiar, mais especificamente a constelação envolvendo animais de estimação – e como eu cheguei a ela.

Muita gente já conhece ou ouviu falar de constelação familiar, mas ainda é um pouco raro a constelação com animais de estimação. Eu também, quando iniciei meus estudos sobre o assunto em 2009 (no Instituto Evoluir, São Paulo -SP), não via animais sendo citados. Afinal, a técnica foi desenvolvida para pessoas, então falava somente de seres humanos, antepassados, sistema, família, algumas coincidências, repetições entre gerações etc.



Mas eu fiquei pensando: “os princípios da constelação familiar são tão claros, a gente vê com tanta facilidade nas pessoas... Será que não tem algo a ver com os animais? Será que eles também não podem ‘sofrer’ as mesmas consequências ou estar nos emaranhados que temos no nosso sistema?”

Algo crucial para que eu chegasse a esse questionamento foi um certo tipo de vivência que eu tinha (e continuo tendo) na clínica. Como médica veterinária, eu atendo nas especialidades de Oncologia e de Nutrição há um bom tempo, e comecei a perceber na minha rotina de atendimento algumas “coincidências”.


Por exemplo, eu atendia uma cachorra com tumor de mama, e a pessoa falava que ela ou alguém da família tinha ou estava fazendo tratamento para câncer de mama; um cão com tumor de bexiga, e alguém próximo da família tinha tumor de bexiga; um gato com linfoma, e a pessoa perguntava: “qual medicação você tá usando para ele hoje durante o tratamento quimioterápico?”, eu respondia qual era, e a pessoa: “nossa, doutora, meu filho teve leucemia e ele usou essa mesma medicação”.

Também muitas vezes eu atendia pessoas com vários animais com problemas repetidos. Lembro de uma pessoa que tinha quatro gatos em casa, três deles com doença renal. Outra já tinha tido vários cachorros na vida, três deles tinham desenvolvido câncer no cérebro.

No começo, eu pensava: “que coincidência!”. Mas depois de duas, três... dez, vinte coincidências... Peraí! É muita coincidência, né? Deve ter alguma coisa por trás disso.

Então, conversando com outros veterinários de áreas diferentes, eles relataram que também percebiam coincidências em suas especialidades, que viam a mesma família ter questões semelhantes as dos pets. Mas, na prática, eu não via nada em relação aos animais nas constelações de que eu participava. Até que um dia eu recebi um convite.

Era uma propaganda para um workshop de “constelação veterinária”, que seria conduzido em um fim de semana pelo querido Genésio Lopes. Pela primeira vez eu via esse tema abordado tão claramente. Até então, eu não conhecia outras pessoas que tivessem essas mesmas ideias e dúvidas. Resolvi participar.


Nesse workshop, as coisas que eu vi eram de fato as que eu estava procurando. Finalmente, eu comecei a encontrar respostas para as dúvidas que eu tinha. Foi então que eu decidi fazer a minha formação como facilitadora de constelação familiar.



O primeiro curso que eu fiz foi em 2019, no Espaço Casa Viva, com a psicóloga Eunice Porto. O segundo, eu comecei também em 2019, um curso de dois anos que eu acabo de concluir. Ele foi realizado dentro do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP e foi conduzido pela queridíssima psicóloga Del Mar Franco, fundadora do Instituto Evoluir.

Aliás, ter esse curso dentro do complexo do Hospital das Clínicas de São Paulo, na Faculdade de Medicina da USP, no Instituto de Psiquiatria, só me fez ver como a união das forças em saúde é benéfica. Cada técnica (tradicional ou alternativa) vem para complementar a outra, cada profissional (médico, psicólogo, veterinário, facilitador de constelação) tem o seu papel, todos igualmente importantes e todos em prol de outro ser humano – ou outro ser vivo, no caso dos animais.

E foi assim que eu cheguei às constelações familiares com esse olhar para as questões envolvendo animais. Porém, quando fazemos a formação, aprendemos a lidar com tudo, tanto que eu nem gosto muito de usar o termo “constelação veterinária”, porque pode dar a impressão de que vamos olhar só para o cão, gato ou outro animal, quando na verdade a gente precisa olhar para o todo.


Eu tenho outras publicações falando sobre o que é a constelação familiar, como funciona, quais os princípios, as chamadas leis ou ordens do amor, como os animais entram nessa história... Então, se você quiser saber um pouquinho mais, pode clicar nos links abaixo:

Você já tinha ouvido falar em constelação familiar com animais de estimação? Conta pra mim sua experiência e envie suas perguntas, vamos construir juntos um conteúdo rico e informativo.

No próximo post eu respondo uma das perguntas mais comuns e que eu mais escuto no meu dia a dia: a constelação pode curar o meu pet?

Na sequência, vou continuar trazendo respostas para as perguntas mais frequentes que as pessoas me enviam ou me fazem no consultório sobre constelação familiar envolvendo pets, então continue me seguindo e não perca as atualizações!

Até lá!


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